De volta ao
rio Cabril
No dia 4 de outubro, de manhã, as turmas do 4º
ano da Escola Básica de Árvores foram revisitar o rio Cabril. Alguns avós e
pais acompanharam o grupo assim como quatro professores. Deslocaram-se a pé e
foram observando a paisagem, maravilhosa, já com algumas tonalidades de outono,
mas o que mais chamou a atenção foram as serras do Marão e do Alvão.
Chegados
ao rio fecharam os olhos e, em silêncio, ouviram os sons dos pássaros, o cantar
da água do rio, o ladrar dos cães ao longe, etc. De seguida, com os olhos bem
abertos, observaram a bela paisagem à volta do rio e cada um, na sua vez, foi
falando sobre o que via.
A seguir
juntaram-se em grupos, previamente decididos nas salas, e observaram a
vegetação que vive nas margens e no leito do rio, assinalaram em fichas as
imagens das árvores, arbustos e plantas aquáticas e recolheram algumas folhas
para serem utilizadas em sala de aula. Após esta atividade, alguns meninos
calçaram galochas e entraram no rio, à procura de macroinvertebrados, debaixo
das pedras. Apanharam-nos, com pinças, e colocaram-nos em tabuleiros. Fora do
rio observaram os animais recolhidos, com lupas, e compararam-nos com os que
estavam representados nas fichas, assinalando, nas mesmas, as imagens
correspondentes.
Mediram
a velocidade do caudal do rio, naquele local, e verificaram que era de 2min e
12 s em 10 metros. Também foi medida a profundidade, no mesmo ponto da visita
anterior, e verificou-se que media menos 16 cm. Conversaram sobre as causas
desta descida e concluíram que a principal foi a falta de chuva durante o
verão.
Antes
de regressarem à escola, lancharam e devolveram os seres vivos ao seu habitat.
Na
sala de aula as avós contaram a relação que tiveram com o rio quando eram
novas: lavavam lá a roupa, faziam piqueniques ao domingo, tomavam banho… enfim,
divertiam-se imenso.
Cada
grupo apresentou as recolhas de folhas que fez e falou sobre as árvores de onde
foram retiradas: salgueiro, amieiro e freixo que fazem parte da vegetação
ripícola.
Concluíram
que a água do rio Cabril, naquele troço, está em excelente estado, porque a
água era transparente e os macroinvertebrados encontrados (larva de libélula e
larva de donzelinha) são indicadores biológicos de rio em excelente estado.