As experiências
continuam
Na
sala de aula fizemos mais experiências
com questões problemas diferentes. A primeira questão era: Porque não vemos no
escuro? A segunda era: Como propaga a luz? A terceira era: A luz atravessa da
mesma maneira, diferentes materiais?
Na
primeira experiência nós espreitámos para dentro de caixas. Na primeira caixa não vimos nada mas tinha lá
dentro uma afia; na segunda vimos uma
afia e na terceira vimos uma lanterna acesa. E ficou a questão: porque não vimos a
afia na primeira caixa e na segunda vimos ? Porque na segunda tinha uma lanterna acesa.
Concluímos que só vemos objetos luminosos ou iluminados.
Na segunda experiência olhámos através de tubos flexíveis. Nós púnhamos a lanterna ligada
num extremo e o colega espreitava pelo outro . Com o tubo em forma curva
não vimos a luz, com um nó também não… só conseguimos ver a luz quando o tubo
estava em linha reta. Concluímos que a luz se desloca em linha reta.
Na terceira experiência tentámos
ver um objeto através de diferentes materiais, papel, espelho, placas de
plástico de diferentes cores… concluímos que há materiais que se deixam atravessar
completamente pela luz e deixam ver os objetos de forma nítida, do outro lado,
outros deixam ver mas de forma pouco nítida e outros não deixam ver. Aprendemos
que há materiais transparentes, translúcidos e opacos.
Rúben
Estas experiências foram realizadas em aula de supervisão, com o professor Luís Guedes
Quando os alunos fazem experiências para os colegas
A Adriana andava há uns dias a dizer-me: "Professora eu quero fazer uma experiência para a turma. Já fiz em casa com o meu pai."
Perguntei-lhe sobre o que era a experiência, qual era a questão problema. Ela explicou-me.
Então disse-lhe que sim, mas que tinha de construir uma carta de planificação e que eu a ajudaria.
Assim se fez.
A questão problema era : " Como encher um balão sem soprar para dentro dele?"
Na tarde do dia do desfile de Carnaval a Adriana equipou-se e lá foi ela para a frente da turma.
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Os colegas aplaudiram. |
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É muito gratificante verificar que o hábito de realizarmos experiências, devidamente planeadas, e com a intenção de desenvolver a capacidade de pensar e explicitar o pensamento sem "medo" de errar, é realmente eficaz. Também se faz entender que as conclusões que tiramos, em muitas experiências, só são válidas para aquela situação, com aqueles materiais, naquelas condições, que não se pode generalizar. Os meus alunos dizem o que pensam, fazem as previsões e já não ficam aborrecidos quando a verificação não vai ao encontro das suas previsões e ideias iniciais. Muitos deles já envolvem a família. Vale a pena!