sexta-feira, 20 de março de 2015

O coelho na nossa escola


A vinda do coelho à sala

            No dia 27 de Fevereiro de 2015 levei um coelho para a escola.

            Ainda cedo o meu pai foi buscar um coelho à coelheira. Meteu-o numa caixa onde colocou palha e recolhemos comida. Lá seguiu então o coelho rumo à escola onde o aguardava uma turma eufórica.

            O professor Luís viu se era fêmea ou macho. Era macho. Durante o dia alimentamo-lo e pusemos-lhe água. Descobrimos que ele não comia cenoura.

             Demos-lhe o nome “ Boneco”.

 Ao fim do dia fomos pôr o coelho no jardim e demos-lhes uma couve. Por fim ele regressou à sua coelheira.

            Foi um dia em grande!
Sofia

 
 
 




 




domingo, 22 de fevereiro de 2015

Vamos fazer chuva....


De que são feitas as nuvens?
Como vai a água para as nuvens?
Para onde vai a água da chuva?

Resumidamente as ideias dos alunos eram:

" As nuvens são feitas de algodão."... risos de alguns...
" As nuvens são feitas de vapor de água."
"As nuvens chupam a água dos rios, do mar... "
" É o vento que leva a água para as nuvens"
" É o vapor que é levado pelo vento para as nuvens"
" A água da chuva vai para os rios"
"A água da chuva vai para os esgotos"
....
Propus aos alunos a realização de uma experiência. Vamos fazer chuva?
Professora é preciso trazer fato de banho?.... risos...


Foi medida a água- 500ml e adicionado sal para simularmos água do mar

Colocou-se a água em dois simuladores do ciclo da água.

As lâmpadas simulam o sol, o gelo, nos sacos simula uma camada fria na atmosfera.









 Já se vêm gotinhas de água!... já há uma nuvem!...já chove...eram as exclamações que se iam ouvindo ao longo do dia conforme os alunos observavam a maqueta...




Olha a água nos lagos no cioma das montanhas... há água a escorrer pelos rios... vai para o mar.....





Mas como é possivel? Pensava que a água que está no lago era salgada, nó pusemos sal na água!!!!


Todos queriam provar a água.
Isto é magia! Diziam alguns...
O vapor só leva a água... diziam outros...
Professora- Será que podemos separar a água do sal?
Aluno- Sim. Deitando a água para um copo.. o sal fica no fundo...
Professora- Mas o sal fica dissolvido na água...
Rodrigo- Podemos fazer evaporar a água...
Professora - Querem fazer uma  experiência para  sabermos se é possivel?
coro - SIIIIIIIM
Continua....



Chegou o dia de nova experiência.

"Será que podemos recuperar um material (soluto) dissolvido?"



medindo a água com rigor




medindo a massa do sal com rigor



 
agitando para dissolver mais rapidamente o sal

experimentando pela decantação, filtrando e coando


preparando as tinas de vidro, uma com uma solução de sal e água outra só com água


Aguardando pela evaporação da água

Finalmente!!!!


A experiência realizou-se, como de costume, acompanhada de registos.
 






Geometria

À descoberta dos poliedros e não poliedros

Distribuí a cada aluno dois modelos de sólidos geométricos.
Dividi uma mesa em duas partes e desafiei cada um a colocar os modelos que possuía na mesa.
Fui questionado cada um sobre as razões que os levaram a colocá-los do mesmo lado da mesa ou em lados diferentes. Já esperava que não houvesse qualquer dúvida pois desde o ano passado que agrupávamos   objetos com superficies curvas e objetos com superfície planas (garrafas de água, pacotes de leite...).
Foi agora a ocasião para lhes falar em poliedros e não poliedros (linguagem matemática).






Estavam assim organizados os grupos dos poliedros e dos não poliedros




Ficou a exposição na sala. Os alunos manipulavam liam as etiquetas de identificação....
Passados uns dias arrumámos os não poliedros...
O desafio agora era organizar os poliedros em dois grupos... distribuí dois modelos de poliedros  a cada aluno.
Dividi a mesa em duas partes e perguntei:
-Quem quer vir colocar os seus modelos de sólidos na mesa?
Levantou-se a Sofia, tinha dois prismas: o cubo e o prisma quadrangular...
Ficou um bocado parada a olhar para eles.... colocou um de cada lado...
Professora -Porquê?
Aluna - Porque um é o cubo e o outro não é.
Professora- Quem quer vir arrumar os seus  poliedros?
Levantou-se o Rafael...
Colocou o cubo da Sofia junto do prisma quadrangular, seu prisma quadrangular junto destes e a pirâmide triangular sozinha.
Professora- Porquê?
Rafael- Porque esta é uma pirâmide e aqueles não são.
Professora- Quem concorda com o Rafael?.... todos os dedos no ar...
A Sofia estava um pouco triste porque ela é muito interessada e gosta muito de matemática...
Professora - Sofia, compreendeste o que o Rafael fez? Achas que ele fez bem em passar o cubo para o outro lado da mesa e deixar ali a pirâmide?
Sofia-  (envergonhada)- Sim professora, eu não tinha percebido bem...
Professora- Tu não tinhas uma pirêmide por isso também pensaste bem! O Rafael tinha uma pirâmide e achou  que ela não ficava bem junto dos outros sólidos...
.....
A partir daqui fui chamando os alunos e tudo estava a decorrer conforme eu previa... no entanto um aluno colocou o seu prima triangular do lado das pirâmides... questionei-o, não me respondeu... convidei-o a olhar bem para as pirâmides a manipulá-las...
- Ah! Pois é... tem de ser deste lado...
Passado um pouco veio uma aluna e fez o mesmo... repetiu-se tudo...
E pensava eu que todos tinham compreendido...
Desenvolveu-se a linguagem matemática: prismas, pirâmides... faces, vértices, arestas...
Mas muito se tem de trabalhar ...  muitas vezes  é necessário os alunos manipularem modelos de sólidos, falar sobre eles...
Como nós professores nos enganamos!!! Achamos que todos comprenderam pois " é tão evidente!!"
A forma como cada aluno perceciona e constrói o seu conhecimento é muito pessoal...